terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Letra 'O ciclo curvo'

Para completar esta breve descrição ao estilo 'making of' dos temas do álbum chamado "Ciclo Curvo", que já está todo gravado e vai ser lançado em 2022, faltam dois temas, um deles chama-se 'O ciclo curvo'.

Ao princípio só tinha o refrão, ideia retirada mais uma vez do livro do João Eduardo, como já detalhei aqui:

'o ciclo curvo das noites e dos dias'

Tinha a música em na-na-na, mas nada de letra. Então propus ao Rapha Marcelino que fizesse um RAP para esse tema, e ele empenhou-se. Já lhe tinha proposto outro tema, 'em Portugal', chegámos a ensaiar a música, eu fiz uma letra à falta de melhor, mas foi censurada pela banda, e deixámos cair esse tema. Mas no caso d' 'o ciclo curvo das noites e dos dias', o Rapha alinhou logo, e aqui está ela. 

O ciclo curvo

 

O ciclo curvo das noites e dos dias

O ciclo curvo das noites e dos dias

O ciclo curvo das noites e dos dias

 

Mais um dia, cada vento queima a terra do carvão

Cai o filtro transparente, nem na serra, chuto a mão

Caio, fico em andamento, sei da fera a nu, mas chão

Vai no grito para sempre, cem crateras por canção

 

... Cada ciclo são curvas queimadas

... P'ra caminhos sem fuga, sem nada

Noite pede a água, nova terra, novo asilo

Foi-se terra dada, forma quebra-se onde a ir

 

Por caminhos nunca tidos num cabide em cada monte

Busca-se hino, porq' assim, fuga vira encanto a pontes

Clima intenso é a vida toda, ira e peso e trinta ondas

E sim, penso em ir a todas, rimo e venço aqui na lomba

 

Por cara n' aurora e um corpo em cada passo

Jornada p'a fora que no todo encant' o braço

Jogada nas horas p'ró suposto q' acabasse

Do nada e agora tenho o rosto q' ama o traço

 

O ciclo curvo das noites e dos dias

O ciclo curvo das noites e dos dias

O ciclo curvo das noites e dos dias

 

Mais um dia cada vento, queima a terra do carvão, cai o filtro transparente 

Nem na serra chuto a mão, caio fico em andamento, sei da fera a nu mas chão

Vai no grito para sempre, cem crateras por canção, e cada ciclo são 

Curvas queimadas... p'ra caminhos sem fuga, (sem fuga) sem nada

Noite pede a água, nova terra novo asilo, foi-se terra dada 

Forma quebra-se onde a ir, por caminhos nunca tidos, num cabide em cada monte

Busca-se hino porq' assim                  

 

Fuga vira encanto a pontes, clima intenso é a vida toda

 

Ira e peso e trinta ondas, e sim, penso em ir a todas, rimo e venço aqui na lomba

Por cara n' aurora, e um corpo em cada passo, jornada p'a fora

Que no todo encant' o braço, jogada nas horas, p'ró suposto q' acabasse

No nada e agora, tenho o rosto q' ama o traço, tenho o rosto q' ama o traço

 

Tenho o rosto q' ama o traço

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