sábado, 29 de janeiro de 2022

De que falam os dez temas originais do álbum 'CicloCurvo'

Já sabemos ao certo qual vai ser a sequência dos temas do álbum, aqui vão desfilar alguns comentários sobre cada um.

1. ‘Sinceramente’ fotografa e observa a postura de uma lebre, atenta às sensações e a tentar decifrar o que se passa ao seu redor, que acabará inevitavelmente por lhe trazer a morte, afinal a situação que todos nós encontramos ou encontraremos, mais tarde ou mais cedo.

 2. ‘Jano’ refere-se ao Deus romano patrono do mês Janeiro, que gosta de inícios, não de fins, e tem duas faces que viajam paralelas, sem se conhecer nem se tocar, base do seu equilíbrio e sabedoria, viajando pacificamente pelo mote do álbum, o ciclo curvo das noites e dos dias. 

 

 3. ‘Tudo Tem Seu Tempo’ é um poema bíblico de Eclesiastes 3:3, atribuído ao rei Salomão na sua sabedoria que dizem era abundante, a música começa na calma e depois acelera com coros e instrumental, mantendo-se a pedalada até final, quando o poema do rei é misturado com palavras soltas de Michael Noise acerca do tema da imaginação, sob um mote inabalável de relativista: é só a minha imaginação. Ficam bem misturados, tanto no contracanto como no conceito, pois se tudo vem a seu tempo, a imaginação também.


4. ‘Terra’ começou por ser um tema de raiz angelical, para logo se assumir terra-a-terra, ou não fosse de facto sobre o planeta Terra. E sobre a imensa maioria das pessoas que só quer viver e deixar viver, em paz, valorizando o que tem valor, numa escala de valores humanista, e rejeitando os estigmas da miséria e da ignorância, vaticinando que serão banidas da terra.


5. ‘Há luz no cemitério’ leva-nos ao interior das origens do medo e da escuridão, mas fá-lo sem nenhum imaginário de terror, mas antes de estupefação perante a descoberta de os mortos nos quererem agora vir consolar e perdoar em vez de nos quererem julgar e atirar pedras.

 

6. ‘O ciclo curvo’ reforça o mote do álbum, e desenvolve-o num RAP sem limites, primeiro em versão de corrida de cem metros, depois em versão de corrida de fundo, os versos são dos tais que são explorados e saboreados até ao limite, sobre o ciclo curvo das noites e dos dias.

 

7. ‘Compasso diário’ anda ali à volta do que acontece e não acontece, ou porque não parece mas sim, ou porque parece outra coisa mas não. Portanto tudo acontece quando nada acontece, e quando tudo acontece pode não estar a acontecer nada. Trata assim do ridículo da expectativa e da descoberta do que realmente de importante está a acontecer, essencial para que tudo o resto de tão menos importância, e ao que damos tanta, possa acontecer. 


8. ‘Flor’ é um poema dedicado às mães. Todas as mães, de todos os reinos. Na voz de filho ou filha, criatura que foi necessitada de algum ajuste, algum empurrão, e que agora agradece.

 

9. ‘La libertà’ é um hino à liberdade e à união em seu torno de todos os povos do mundo, simbolizada pelo uso de vários idiomas, versos em Inglês e Francês, com refrão em Italiano. Os versos falam do amor verdadeiro, sublime, e o refrão de liberdade, e da união perfeita entre amor e liberdade. Um mundo de verdade, que não contém em si nenhuma mentira.

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