Andei a pesquisar cinema mudo, e acabei fatalmente no Charlot (ou será que se escreve Charlô?). Na dúvida, vou-lhe aqui chamar Charlie Chaplin. Achei piada a uma montagem que vi na internet de dois filmes mudos, a preto e branco é claro, um do Charlie Chaplin e outro do Buster Keaton, actor da mesma época mas menos conhecido. Ambos fizeram filmes sobre boxe, o do Charlie Chaplin passa-se numa sala de espetáculos de boxe, e o do Buster Keaton num ginásio de treino de boxe.
E tal como tinha feito Vincenzo Occhionero no seu filme "Chaplin VS Keaton", também eu editei os dois em conjunto, escolhendo para o refrão o de Charlie Chaplin, e para os versos o do Buster Keaton. Achei qualquer deles um bom simbolismo para essa situação, em qualquer deles o nosso herói está entre a espada e a parede, ou seja, perante uma ameaça real e sem fuga possível.
A ideia foi também que fosse divertido, pois porque não parodiar com essa situação, em que todos nos encontramos por vezes? Saber rir de nós próprios (saber sonhar) quando estamos numa situação semelhante em que não temos escapatória possível (a realidade que se impõe) é uma arte que se aprende na prática, que nos permite primeiro relativizar a ameaça, depois esperar até que esta deixe naturalmente de o ser, e por fim rirmo-nos dela.
A ver no canal contentor21: https://www.youtube.com/watch?v=tmR5M0Aj7NY
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